terça-feira, janeiro 09, 2007

Ojos Azul


Nos azuis desses olhos um homem pode se perder e se reencontrar. Mulher bicho louco, solto, livre, mas que tem medo de dançar. Sorriso largo de menina, mas com a malícia de mulher. Boca macia e língua quente que aquecem uma alma em frangalhos.
A mente atormentada, cheia de mágoas e rancor, dividida entre coração e razão, desapareceu como uma oferenda para Iemanjá no mar azul desses olhos.
Eu te conheço de outras vidas quando nós dois éramos gatos e passeávamos pela Lapa, ouvindo sambas antigos a ronronar. Fecho os olhos e lembro de cada parte do seu corpo e do seu olor doce.

Eu quero ser exorcizado
pela água benta desse olhar infindo
que bom ser fotografado, mas pelas retinas
desses olhos lindos
me deixe hipnotizado pra acabar de vez
com essa disritmia.